sexta-feira, setembro 03, 2010

Dança - Dinâmica




A dinâmica diz respeito a variedade de nuances e diversificação de momentos em sua apresentação. Através da correta utilização da música em seus diferentes caminhos, você pode favorecer a concentração do público. Sua interação com o som a transforma no exemplo visual daquilo que é apreciado por nossa audição. Se porventura optar por ignorar as modificações sonoras que lhe são oferecidas, sua apresentação se torna homogênea e linear, sendo portanto portadora de poucos atrativos para segurar a atenção da audiência. A previsibilidade de seus movimentos nunca será um fator de atração, mas ao contrário, de dispersão.

Muitas vezes podemos perceber uma grande diferença de estilos ligada a personalidade de cada bailarina. Uma pessoa com alta sensibilidade e dotada de gosto pelo sensorial, terá uma dança mais calma e delicada, e provavelmente seu objetivo ao dançar estará conectado com sua necessidade de expressar sentimentos mais profundos. Pessoas fortes e voluntariosas tendem a ter um estilo assertivo e gosto por músicas mais suntuosas ou marcantes, favorecendo a visão do poder durante as apresentações, demonstrando sua imposição e energia.

Logo, percebemos que "não é possível brincar com fogo sem se queimar!" Para atingir o equilíbrio devemos nos lembrar que, em primeiro lugar, antes de nosso estilo pessoal, o que determina os humores de nossa apresentação devem ser ditados pela música que nos guia e não por nosso gosto individual. Claro que cada uma de nós terá uma forma única de dizer o mesmo, mas sempre respeitando a intenção do compositor que criou a peça.

Dentro de uma música clássica por exemplo, as falhas de dinâmica soam absurdamente claras. Estas peças são criadas de forma diferenciada, com número maior de instrumentos e também mais riqueza de possibilidades para a executora-bailarina. Cabe a nós a preparação necessária para poder aproveitar tudo o que a música nos oferece. Normalmente uma peça clássica tem muitos momentos diferentes, alguns suntuosos, outros melancólicos, dramáticas finalizações. Cada um deles convida para uma interpretação única. Para estar tranqüila durante a leitura desta música, não podemos ter dúvidas básicas sobre técnica, ou ritmos. Um repertório rico em passos e variações é então solicitado, e nosso corpo responderá automaticamente aos estímulos que o som oferece.

texto tirado do site do khan.

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